Adão e Eva viviam nos Jardins do Éden
Viam Deus, verdadeira e única fortuna
Na afortunada vida, uma coluna
Somente uma abstinência, um só desdém
“Não provar uma fruta, nada além
Sem outra proibição, sem mais lacuna
Todo o mais, e nada mais há que os puna”
Tendo tudo, quiseram o porém
A serpente que tenta o ser temente
Dourou a tentação da fruta proibida
Curvaram-se ambos a esse mau juízo
Sentiram na carne o que a carne sente
A dor no parto, a doença, a acre ferida
E a nudez na expulsão do Paraíso
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