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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Soneto da tristeza

A réptil tristeza, sutil na bruma
Da alegria fez sua miragem roubada
E em todas as preces peço que suma
Mas nunca some esta maldita toada

Macabro canto ao peito dilacera
Retire-se já, perverso alquimista!
Pão cuspido que a vida vitupera
Desta rede foge toda conquista

Ah, se congelasse um instante indene!
Porém, nesta dor, não há quem ordene
Pois te confidencio vida cigana

Eu muito invejaria o riso perene
Mas na frente da tristeza tirana
Ele se rendeu no sino solene

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