Há mais noite no agreste que em cidades
Próxima está a lonjura das estrelas
Na urbe, as estrelas são frivolidades
Pode-se no sertão de fato vê-las
Perto do mato vivem as verdades
Longe dos homens o homem sai das celas
Há na luz das estrelas potestades
Todo brilho do escuro é forte nelas
Acorda galo! Aclara o breu no grito
Acolhe o dia no acorde do teu canto
Acode a aurora desse outro amanhã
Teu fardo está na glória desse rito
Só o teu canto vê o mais íntimo espanto
A anatomia secreta da manhã
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