Na urbe, uma nave segue sem ter prumo
Há o pranto pelo prato que se escassa
O acento falto em frágil argamassa
E a fome que se espanta pelo fumo
Selva de homens, sua seiva é o sangue. Sumo
Retrato da vileza das suas praças
Na passarela, raças em desgraça
Congraçam-se na ausência de algum rumo
Trabalha a criança num sinal impuro
Em suas mãos, a metástase da flor
Infância abandonada em pleno alvor
O sorriso da vela infecta o escuro
Toda a fé que se expecta nesse instante
Busca a fé que se aspecta hoje distante
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