“Tomai e comei: isto é o meu corpo,
“Tomai e bebei: isto é o meu sangue”
A lua abriu as veias... Preamar!
E tu mesmo está branca como a altura...
A tua carne agora está a sonhar
Contra o meu peito, cheia de doçura.
És doce como a noite, e ao vê-la cuido
Que é o céu uma grande nebulosa
Onde o sêmen lunar escorre fluido
Pela carne da noite — dolorosa...
“Sou toda tua, amor... Já não existo...
Seja sempre o meu corpo o teu pomar;
Bebe o meu sangue e bebe o meu olhar...”
Eu ouço a tua voz e lembro o Cristo,
As palavras que disse em certa Ceia
A uns homens que o seguiram na Judeia...
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