I
Antes do sono
o pomo da noite
no poente de hoje
Nas espumas do escuro
uma infância renasce
no que se memora
Antes do passado-presente
diante das primeiras
primeiras vezes
diante do instante
do antes de antes
Antes que se fosse
explicado o mundo
ensinado o tudo
sentido o Danúbio
lamentado tudo
no desmentido mudo
No luxo do pouco
no léxico do simples
só, ri a criança
sorriso prenhe
de quem nada prevê
O gosto de chocolate
é o que resta
da lembrança que revive
como vagarosa ausência
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