Dá-se um passo na estrada que se espreme
Passa-se o rumo e o sumo que o suporta
Mira no que antepassa, a estada morta
Como nau que se espaça do seu leme
Quanto mais se afasta, mais se espreme
Quanto mais se apaga, mais se exorta
Quanto mais se perde, mais se comporta
Rio que só se alonga, por mais que se reme
De olhos fechados, vê-se o hoje de outrora
A flor arrancada é a que mais aflora
Esse ontem que perdura agora e sempre
Foi-se ontem, mas ficou em perene aurora
O antes que é mais presente do que o agora
Eterno, sempiterno, para sempre
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