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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tributo a Castro Alves - Autoria própria

Chicote na tez, terrível agonia
A dor que baila, bruta rudeza
Sorri na travessia cruel sinfonia
Injusto é só ver o mal na realeza

Afasta-te, destino minuendo!
Esconjuro-te lobo da negraria!
Sequer me pedistes, viestes me trazendo
Apenas ao branco tu dás sesmaria! 

Aos meus netos tu reservaste favela
Nos meus pés, há correntes eternamente
Sinto as pedras, bêbado na padaria

Apenas hipocrisia meu futuro entela
Os políticos com promessas somente
A bala perdida que me mataria...

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